"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41)

Vinhos e Vínicolas do Líbano




 
(Baalbeck-chamada Heliópolis, "cidade do sol", pelos gregos e romanos  (Vale Bekaa), situadas a 1.150 metros de altitude, têm uma visão abrangente sobre as planícies adjacentes, e são limitadas em dois lados pela cidade de Baalbeck e sobre os outros lados de terras agrícolas). 





Líbano país do Oriente Médio de ancestral cultura vinícola, que começou com  comerciantes fenícios há 3000 AC, iniciam a vinificação no Líbano. Em 1517 o Império Otomano proíbe a produção de vinho, exceto para fins religiosos.
1857 missionários jesuítas introduzem novas vinhas da França através da Argélia. 1918 protetorado Francês governa o Líbano, criando demanda para o vinho. 1975 entra em 15 anos de guerra civil, o que retarda o desenvolvimento do setor. 1992 é retomado o desenvolvimento da indústria vinícola.
Sua população é de cerca de 4,5 milhões de habitantes e faz fronteira, ao norte e à leste com a Síria, ao sul com Israel e, à oeste, com o mar Mediterrâneo.
Produz, aproximadamente, sete milhões de garrafas de vinho por ano. Com um plantio de dois mil hectares, seus vinhedos estão localizados, na sua maioria, no Vale do Bekaa, e uma parcela menor localizada em Jazzine, mais para o vale ao sul e próxima à cidade de Sidon. Sua moderna vitivinicultura faz com que o Reino Unido, a França e os Estados Unidos sejam os maiores importadores.
São plantadas, atualmente, as seguintes castas:
Uvas tintas: Cinsault, Carignan, Grenache, Syrah, Mourvèdre, Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Gamay e Tempranillo;
Uvas brancas: Ugni Blanc, Clairette, Bourboulenc, Chardonnay e Sauvignon Blanc;
Uvas nativas: a Merweh e a Obaideh são reservadas para a produção de Arak, destilado com aroma de anis, típico da cultura libanesa.
A vinicultura libanesa segue as regras francesas, daí a proximidade dos seus vinhos com este estilo.
Suas principais vinícolas são:
Château Ksara
É a mais antiga vinícola libanesa, fundada há 155 anos por jesuítas franceses. Zafer Chaoui é seu presidente desde 1991. Sua produção anual é da ordem de dois milhões de garrafas, provenientes da vinificação de 348 hectares de vinhas plantadas sem o uso de herbicidas químicos. Com maciça distribuição local e internacional, detém 37% do mercado vinícola. Seus 2km de caves subterrâneas são históricos e remontam ao tempo do Império Romano, o que a torna objeto de visitação obrigatória. Hoje é a maior e mais visitada vinícola no Líbano recebendo mais de 40.000 visitantes ao ano. .
No Brasil, o Château Ksara é representado pela Interfood.
Seus principais vinhos:
1- Château Ksara 2004, 60% Cabernet, 30% Merlot, 10% Petit Verdot, álcool: 13,5%. Preço ± R$155,00
2- Château Ksara 2007, 60% Cabernet, 30% Merlot, 10% Petit Verdot, álcool: 13,5%. Preço ± R$93,00
3- Ksara Cuvée de Printemps 2010, 50% Gamay, 50% Tempranillo, álcool: 13%. Preço: R$55,00
4- Ksara Le Prieuré 2009, Cabernet, Carignan, Mourvèdre, álcool: 13%. Preço ± R$46,90
Prêmios: International Wine Challenge, 2012, Medalha de Prata; 





 
Decanter World Wine Awards, 2012, Medalha de Bronze




5- Ksara Réserve du Convent 2009, Cabernet, Syrah, Cabernet Franc, álcool: 13%. Preço ± R$56,00

Château Kefraya
É a segunda vinícola libanesa e produz um milhão e oitocentas mil garrafas por ano. Seus sócios proprietários são o proeminente político Farid Jumblat, a família Al Sayah, e o fundador e seu presidente Michel Boustros. Seus vinhos competem com os do Château Musar em termos de qualidade. Com 121 hectares de vinhas em plantação própria, ao sul da cidade de Chtaura, complementa a sua produção comprando de viticultores contratados, e sob sua supervisão, uvas plantadas em outros 437 hectares da região e sem a utilização de herbicidas químicos.
No Brasil, é representada pela Zahil. Seus vinhos:
1- Comte de M Château Kefraya 2007, Cabernet, Syrah, Mourvèdre, álcool: 14%. Preço ± R$278,00
2- Château Kefraya 2007, Cabernet, Syrah, Grenache, Carignan, Mourvèdre, álcool: 13,5%.
Preço ± R$160,00
3- La Dame Blanche Château Kefraya 2009, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Ugni Blanc, Clairette, Bourboulenc, álcool: 13%. Preço ± R$62,00

Château Musar
Em 1930, Gaston Hochar fundou o Château Musar como hobby. Hoje, dois milhões de garrafas estão em estoque, aguardando lançamento. Seu filho Serge Musar juntou-se ao negócio em 1959, após estudar enologia em Bordeaux.
Com uma produção anual de 700 mil garrafas, seus vinhedos obtiveram a certificação de orgânicos em 2006. Suas uvas são colhidas manualmente e o mosto fermentado por leveduras indígenas. Seus vinhos necessitam de longa maturação para mostrarem seu caráter único. Os tintos são exóticos, especiados, complexos nos aromas de frutas vermelhas, anis, café, chocolate, cogumelos. Os brancos apresentam aromas de abricots, figos, ervas, açúcar mascavo, óleo de laranja, com acidez e mineralidade marcantes, de extrema elegância.
No Brasil, o Château Musar é representado pela Mistral, que nos oferta os seguintes vinhos:
1- Château Musar Rouge, Cabernet, Carignan, Cinsault, álcool: 14%. Preço ± R$197,00
2- Château Musar Cuvée Rosé. Preço ± R$ 80,00
3- Musar Jeune, 60% Cinsault, 20% Syrah, 20% Cabernet, álcool: 13,5%. Preço ± R$96,00
4- Musar Jeune Rosé, 100% Cinsault, álcool: 12,5%. Preço ± R$93,00

Massaya
É uma vinícola boutique e foi fundada por Ramzi e Sami Ghosn, em meados da década de 1990. Tem como sócios Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault, a família francesa Brunier e Dominic Hebrard. São exportados principalmente para o Reino Unido e França. Em Paris são encontrados nos hotéis Ritz, Crillon e Georges V.
No Brasil é representada pela Au Vin. Seus vinhos:
1- Massaya Classic Red 2009, 60% Cinsault, 20% Cabernet, 20% Syrah, álcool: 15%. Preço ± R$ 65,00
2- Massaya Silver Selection 2007, 40% Cinsault, 30% Grenache, 15% Cabernet, 15% Mourvèdre,
álcool: 14,5%. Preço ± R$ 75,00
3- Massaya Gold Réserve 2008, 50% Cabernet, 40% Mourvèdre, 10% Syrah, álcool: 14,5%
Preço ± R$ 155,00
Vídeo sobre os vinhos e vinícolas do Líbano
Fontes:
1- Enoeventos, Rafael Mauaccad
2- Wikipédia
3- Atlas Mundial do Vinho Hugh Johnson, Jancis Robinson
 



6 comentários:

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    Não é ético copiar matéria de outrem sem citar a fonte de informação, quem a produziu, e nem pedir licença para reprodução. Peço que efetue os créditos para Rafael Mauaccad (autor) e para o EnoEventos(editor), assim tentando minorar esta atitude de tamanha deselegância. Atenciosamente,
    Rafael Mauaccad

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  3. Peço minhas sinceras desculpas, ao Sr. Rafael Mauaccad e Enoeventos, pela minha falha e deselegância, por não ter citado minhas fontes.
    Atenciosamente
    Abrão

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